Estava cansado. Resolvi dormir ali mesmo. Era uma pousada simples, muito simples. No quarto, uma cama pequena e uma mesinha apenas. Só isso. Era madrugada de sábado. A cidade estava movimentada por causa das festas de carnaval. Embora não fosse uma cidade reconhecida por esse tipo de festa, o movimento crescia muito nessa época. Tentei dormir.
O cansaço parecia querer me derrubar de vez para o sono vir em seguida, mas não foi assim. Com paredes finas e quartos extremamente próximos, comecei a ouvir conversas. Dentre tantas vozes e assuntos diferentes, atentei-me para um diálogo entre algumas mulheres. Eram mais ou menos umas cinco. Cada uma mais empolgada para falar do que a outra. Acredito que tinham acabado de voltar de alguma festa que estava acontecendo, pois estavam falando das estatísticas da noite.
Essa narração de forma alguma representa o comportamento de todas as mulheres. É um relato real e específico que apenas ilustra o artigo com a comparação de comportamento entre homens e mulheres.
O cansaço parecia querer me derrubar de vez para o sono vir em seguida, mas não foi assim. Com paredes finas e quartos extremamente próximos, comecei a ouvir conversas. Dentre tantas vozes e assuntos diferentes, atentei-me para um diálogo entre algumas mulheres. Eram mais ou menos umas cinco. Cada uma mais empolgada para falar do que a outra. Acredito que tinham acabado de voltar de alguma festa que estava acontecendo, pois estavam falando das estatísticas da noite.
Essa narração de forma alguma representa o comportamento de todas as mulheres. É um relato real e específico que apenas ilustra o artigo com a comparação de comportamento entre homens e mulheres.
_ A Júlia pegou geral, né Júlia?
_ Eu não... quer dizer, peguei sim, mas só depois que fiquei bêbada.
Riam muito. Davam gargalhadas. E uma delas prosseguiu com o assunto:
_ Ah, eu até peguei uns, mas gosto de ser seletiva.
Ao ouvir isso, uma das amigas interpelou:
_ Seletiva amiga? Mas como isso? Num lugar daqueles você queria ser seletiva? Ali é pegar o que vier, é pra curtir mesmo.
No que a amiga explicou:
_ Não é isso! É que eu tenho meus gostos, né? Só fico com homem de mão grande e costas largas.
No momento em que explicou sua seletividade, aparentemente todas as outras amigas concordaram:
_ Ah, isso é verdade. Eu gosto de ficar com aquele que é insistente e demonstra que merece, mesmo sendo feinho, mas eu gosto de homem magrinho e que não esteja com o cabelo todo lambuzado de gel, e claro... tem que ter pegada!
Nisso, outra amiga complementa:
_ Isso é! Pegada! Homem sem pegada não é homem. Tem uns que beijam parecendo que estão beijando a mãe.
A outra continua:
_ Gente, pior mesmo é o cara com bafo! Mas se for gato eu ignoro isso.
Gargalhavam continuamente a cada rodada de descrições. Até que uma delas tocou em um assunto mais delicado:
_ Meninas, e o pacote, vocês checam?
_ Como assim??
_ Ué meninas, o pinto deles. Eu sempre verifico o grau de excitação.
Todas riram muito e começaram a dar detalhes de como percebiam e o que faziam com tal excitação:
_ Ah amiga, isso é fácil, é só dar uma encostadinha que o pau já levanta. Dá até pra saber o tamanho.
_ Como você nota o tamanho???? Perguntou uma delas curiosíssima.
_ Ué amiga, eu coloco a mão. Eles sempre deixam. Mas só dou uma passadinha de leve.
Gargalhavam mais e mais e concordavam que todas já haviam feito isso, inclusive a que não sabia como fazer.
No meio da animação uma delas levanta a questão da barba:
No meio da animação uma delas levanta a questão da barba:
_ Eu gosto mesmo de homem com barba! Quando passa no pescoço, meu deus!!!
_ É verdade amiga, aí não tem como se aguentar, se o cara for gato então e tiver pegada, aí eu me entrego fácil. Fico toda boba.
Enquanto isso, uma delas, que parecia mais arredia e recatada deixa claro sua opinião:
_ Eu até gosto de curtir assim, mas prefiro conhecer homens fora de baladas e festas. Pra me relacionar prefiro os homens menos populares e que não saem por aí pegando todas.
Com o novo tema para debate, todas as outras vão comentando:
_ Eu também prefiro assim. Disse uma delas.
_ Pra namoro realmente é melhor o cara menos pegador, senão a gente corre o risco de levar chifre né amiga? Disse a outra.
E assim foi seguindo a conversa por horas, provavelmente regada a álcool, o grande impulsionador da sinceridade que sempre esteve lá dentro, mas que só sai nessas ocasiões.
Fui dormir lá pelas 4 da manhã. Acordei, nem vi que horas eram. Embora simples, a pousada servia café da manhã, igualmente simples, mas bem feito e pontual. Por falar em pontualidade, faltavam 5 minutos para terminar a hora que o café era servido. Corri e consegui entrar na área de alimentação da pousada. Várias mesas, algumas pessoas, e para a minha surpresa... sim, as mulheres que conversaram a noite inteira estavam lá. Reconheci pela voz peculiar de uma delas. Diferentemente da madrugada, agora estavam mais quietas. Cansadas de certo.
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Enquanto tomava meu café, notei a mesa ao lado com três rapazes que provavelmente também estavam em alguma festa de rua no dia anterior. Minha dedução veio da roupa que vestiam. Mesmas roupas, mesma festa. Eles conversavam em tom de vitória. Em alto e bom tom de vitória. Numa e noutra fala, um deles deixa soltar:
_ Cara, eu não gosto de carnaval, nem sei o que estou fazendo aqui. Eu tenho faro pra mulher rodada. Eu não pego mulher rodada.
Tão logo ele terminou a frase, uma das mulheres conversadoras da madrugada que estava na outra mesa, interagiu com ele da seguinte forma:
_ iiihhhhhhhhhhhhhhhhh!
O que se seguiu foi um embate épico sobre preconceito, machismo e mulher “rodada”. De um lado o grupo de homens tentava explicar que elas haviam entendido errado, e do outro, frases em coro do tipo: "viaaado, pá pá, viaaado, pá pá".
Continuei tomando meu café e assistindo a tudo. Quando terminei, passei pelo pequeno saguão que dava acesso a porta de entrada da pousada. Dei uma espreguiçada, e olhando a rua filosofei...
Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Ainda mais quando se trata de gosto. Essa guerrinha de sexos está ficando cada vez mais chata, e a exigência de aceitação, cada vez maior. Todo homem tem direito de não querer se relacionar com uma mulher que, saiba-se lá porque, ele considera “rodada”. Não é questão de ser certo ou errado, bonito ou feio. Se é do gosto de dele, que ele selecione então as pessoas com quem vai se relacionar amorosamente da forma que achar melhor. Cada pessoa cria o seu perfil íntimo de relacionamento. Alguns deixam claro suas exigências, outros não. Existe atualmente uma cobrança muito grande quanto a aceitação de tudo o que outras pessoas falam, fazem ou pensam. E isso é um absurdo.
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Você mulher, assim como qualquer outro ser humano, pode fazer tudo o que a lei não proíbe. Na verdade, pode até fazer o que ela proíbe, respondendo pelos seus atos, é claro. A questão é que o fato de você fazer o que bem entender não garante em nada que isso seja aceito por outras pessoas, muito menos que elas gostem e deem um sinal de “curtir” para você. Homem pode qualificar mulher sim! Assim como mulher qualifica homem. Não acho que seja a coisa mais ética do mundo expressar abertamente essa qualificação, mas a verdade é que todos fazemos isso. É humano. Homem pode não querer se relacionar com mulher “rodada” sim! Independentemente de como ele tenha chegado a esse entendimento. Vai da vontade e gosto dele se relacionar com quem ele quiser. O que ele não pode fazer é retirar seus direitos, caluniar, difamar, ou injuriar conforme as opções pessoais dele. De resto, ele escolhe quem ele quiser para se relacionar. O que igualmente deve ser feito pelas mulheres.
Agora, finalizando o texto e deixando tudo bem claro em letras garrafais:
CADA UM TEM O GOSTO E VONTADE QUE QUISER, E A NÃO SER QUE ISSO RETIRE ALGUM DIREITO DE OUTRA PESSOA, NÃO VEJO PROBLEMA ALGUM EM UM CARA NÃO QUERER SE RELACIONAR COM UMA MULHER POR TAIS MOTIVOS. É GOSTO, É OPINIÃO PRÓPRIA. SE NÃO RESTRINGE SEUS DIREITOS, NEM CAUSA QUALQUER DANO, A NÃO SER A PRÓPRIA REJEIÇÃO, ENTÃO NÃO HÁ O QUE SE EXIGIR DA CONDUTA ALHEIA. NINGUÉM TEM OBRIGAÇÃO DE GOSTAR DE VOCÊ OU DAS COISAS QUE VOCÊ FAZ.
O primeiro passo para encontrar a felicidade é gostar de si mesmo. A aceitação de quem você é, é fundamental. Respeite-se. Goste de você. Descubra suas qualidade, seus defeitos. Ajuste o que tiver que ajustar e viva a sua vida. Vão comentar sim! Vão julgar sim! Vão interpretar tudo o que você faz. Mas se você está de bem consigo mesmo, então isso pouco importará. A única coisa que você não pode fazer é exigir aceitação pelo que você faz. Pode exigir respeito, igualdade de direitos, mas exigir que outras pessoas gostem e queiram você do jeito que você é só vai machucar uma pessoa, e você já sabe quem é.
Minha opinião pessoal é que toda mulher tem o direito de fazer o que bem entender e achar certo. Existe machismo e preconceito. Sim, existe! Mas isso não dá o direito de fazer o que quiser e, a contraponto, exigir uma conduta exemplar dos homens. Guerrinha de sexo não serve para nada. Quer dizer, serve. O que tem acontecido é a democratização da imbecilidade. Fazer as mesmas idiotices que os homens faziam e fazem não faz de você uma vitoriosa, mas sim uma fracassada, já que isso, ao meu ver, é um retrocesso. Repito, você faz o que quiser da sua vida, a escolha é sua, mas não exija que gostem de você por isso. Liberdade é poder fazer o que se quer QUANDO se quer, e não por imposição de modinha. Sobre essa liberdade, leia esse artigo: A mulher que não queria pegar ninguém.
P.S.: Leia meus outros artigos e me adicione nas redes sociais.
Minha opinião pessoal é que toda mulher tem o direito de fazer o que bem entender e achar certo. Existe machismo e preconceito. Sim, existe! Mas isso não dá o direito de fazer o que quiser e, a contraponto, exigir uma conduta exemplar dos homens. Guerrinha de sexo não serve para nada. Quer dizer, serve. O que tem acontecido é a democratização da imbecilidade. Fazer as mesmas idiotices que os homens faziam e fazem não faz de você uma vitoriosa, mas sim uma fracassada, já que isso, ao meu ver, é um retrocesso. Repito, você faz o que quiser da sua vida, a escolha é sua, mas não exija que gostem de você por isso. Liberdade é poder fazer o que se quer QUANDO se quer, e não por imposição de modinha. Sobre essa liberdade, leia esse artigo: A mulher que não queria pegar ninguém.
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